A blog with some zoom but no magnifier

27.3.09

Ressumbra


E Vénus fora de órbita lança-se, invisível, sobre o espaço sideral. Colide e prossegue viagem, colide e prossegue viagem.

Ainda que sem rumo, persiste.

E Vénus fora de órbita alcança, ensombrada, o nosso último covil. Colide e ilumina, ocupa o vazio deixado pelo Sol com a fragmentação da Lua.

A transformação traz fogo e com ele luz.

E Vénus em chamas orbita, sobre nós agora iluminados. Espalha e reclama, em cada nova orbita o calor e a vida.

O agradecimento é cíclico mas eterno.

E Vénus descobre-se eterna, no tempo e no espaço. Permite-nos a afirmação e a negação, para com elas conjugarmos hipóteses infinitas.


O imprevisível quando multiplicado revela-se lógico.



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