E Vénus fora de órbita lança-se, invisível, sobre o espaço sideral. Colide e prossegue viagem, colide e prossegue viagem.
Ainda que sem rumo, persiste.
E Vénus fora de órbita alcança, ensombrada, o nosso último covil. Colide e ilumina, ocupa o vazio deixado pelo Sol com a fragmentação da Lua.
A transformação traz fogo e com ele luz.
E Vénus em chamas orbita, sobre nós agora iluminados. Espalha e reclama, em cada nova orbita o calor e a vida.
O agradecimento é cíclico mas eterno.
E Vénus descobre-se eterna, no tempo e no espaço. Permite-nos a afirmação e a negação, para com elas conjugarmos hipóteses infinitas.
O imprevisível quando multiplicado revela-se lógico.
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