Não é amargo, é doce, tão doce que fico enjoado. Nunca provei e acho que não vou provar, não porque não queira mas porque não se proporciona, não se quer proporcionar, não se quer dar, não quer. Não, não e não. Não é doce, é amargo, tão amargo que fico aflito. Já tentei e acho que vou voltar a tentar, não porque precise mas porque o desejo, o quero.
Tudo me poderia surpreender mas não este doce, este doce não foi feito para surpreender, foi feito para se desejar porque sabe-se o que é, o que nos pode dar e tirar. Uma eterna dor de cabeça que nos faz sentir vivos, e isso... isso é nascer outra vez.
4 comments:
bem... este post fez-me lembrar da palavra degustativa mais esquisita do mundo: agridoce. Como? Doce e amargo ao mesmo tempo? Mas e que significa isso? Neutro? Que não sabe a nada? Tipo água?
boa observação!
muito provavelmente o termo agridoce faz alusão a uma propriedade difásica daquilo que se prova. Um alimento que apesar de doce no seu estado natural se transforma por completo após roçar nas imediações do nosso aparelho digestivo. Uma metamorfose a hibernar.
o "kosmiker" escreve muito bem... tomará eu dominar com igual mestria a língua portuguesa...
e sim, concordo consigo. Embora nunca tivesse admirado muito o saber indefinível do "agridoce", e agora muito menos, que não vou a um restaurante chinês desde não sei quando...
mas se é doce e amargo ao mesmo tempo, nao deveria ser agradavel?mau seria se soubesse apenas a um, a isso chamariamos de gosto incompleto, como todos os outros que são ou so "doces" ou só "amargos" porque raio tudo neste mundo tem de ser preto ou branco, porque não tentar o cinzento..este mundo guia-se por um compasso binario so pode!
Ainda bem que o agridoce existe!
Façam favor de lhe fazer uma ode.
Façam favor se deliciar e aborrecer com ele.
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